Análises CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP/ cotação suínos, boi, frango, farelo de soja e milho. 1g1p3o
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SUÍNOS/CEPEA: Carne suína tem desempenho inferior ao das concorrentes em 2021
Mesmo com as exportações de carne suína atingindo recordes em 2021, o mercado interno da proteína vem registrando forte volatilidade de preços ao longo do ano. Quando consideradas as evoluções dos valores da carne suína entre 2020 e 2021 e também das substitutas (as proteínas bovina e de frango), o desempenho do produto suíno é o mais baixo. De acordo com dados do Cepea, na média da parcial de 2021 (de janeiro a outubro), a carcaça especial suína negociada no atacado da Grande São Paulo registra valorização real (considerando-se a inflação) de apenas 0,7% frente à de 2020, com média de R$ 10,53/kg neste ano (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/21). Já a carcaça bovina e o frango inteiro resfriado se valorizaram respectivos 21,3% e 28,7%, na mesma comparação, com médias de R$ 20,43/kg e de R$ 7,08/kg em 2021. Segundo colaboradores do Cepea, com o poder de compra da população brasileira enfraquecido, consumidores têm buscado proteínas mais baratas, como ovos e carne de frango. Já para a carne bovina, na maior parte do ano, os valores foram sustentados pela baixa oferta de animais para abate, apesar da menor demanda doméstica.
BOI/CEPEA: Cotações do boi e da carne recuam em outubro
Os valores da arroba do boi gordo e da carne recuaram em outubro. No entanto, levantamento do Cepea mostra que os preços do animal para abate caíram de forma um pouco mais intensa que os da proteína negociada no atacado. Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do boi gordo, as cotações foram pressionadas pelo afastamento de grande parte dos compradores. Esses agentes têm evitado adquirir grandes lotes de animais devido à suspensão dos envios de carne à China desde o início de setembro – vale lembrar que o país asiático é o maior destino internacional da proteína brasileira. Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, a oferta de animais de confinamento tem crescido, reforçando o movimento de queda dos preços da arroba. Esse cenário, por sua vez, vem reduzindo as margens de pecuaristas, sobretudo dos que utilizam o sistema de confinamento, cujos custos são bastante elevados. Para a carne negociada no atacado, as cotações têm sido pressionadas pelo aumento na oferta de animais para abate e pelo fragilizado poder de compra da maior parte da população brasileira.
FRANGO/CEPEA: Preço da carne recua, e competitividade frente à proteína suína volta a crescer
Depois de subirem de forma consecutiva de maio a setembro, quando registraram novo recorde real, os preços da carne de frango se enfraqueceram em outubro. Segundo colaboradores do Cepea, os elevados patamares observados nos meses anteriores acabaram afastando parte dos demandantes das compras, limitando a liquidez da proteína e pressionando os valores em outubro. Esse cenário de desvalorização elevou com força a competitividade da carne de frango frente à suína, cujos preços subiram durante o mês. Vale ressaltar que a competitividade da carne de frango frente à concorrente vinha em queda havia três meses. Entre setembro e a parcial de outubro (até o dia 26), a diferença entre os preços da carcaça especial suína e do frango resfriado cresceu significativamente, garantindo um expressivo aumento de 41% na competitividade da proteína avícola frente à substituta.
FARELO DE SOJA/CEPEA: Menor demanda e queda externa pressionam valores no BR
O enfraquecimento da demanda doméstica, a queda no preço da matéria-prima e a desvalorização externa pressionaram as cotações do farelo de soja no mercado brasileiro em outubro. Grande parte dos consumidores relatou ainda ter lotes de contratos para receber e, por isso, não esteve ativa nas comercializações de curto prazo. Além disso, o aumento na procura por óleo de soja incentivou as indústrias a elevar o processamento da oleaginosa, resultando em maior excedente de farelo de soja. Com isso, na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, os preços do farelo caíram 1,8% entre setembro e a parcial de outubro (até o dia 26). No comparativo anual, as cotações deste subproduto estão 8,7% menores. Para a safra 2021/22, as indústrias devem seguir com o desafio de comercializar farelo de soja. Isso porque, de acordo com o relatório de oferta e demanda do USDA divulgado no dia 12 de outubro, o consumo mundial do derivado deve crescer apenas 3,18% entre as safras 2020/21 e 2021/22, enquanto o consumo de óleo pode aumentar 1,27% na área alimentícia e significativos 9,9% no segmento industrial.
MILHO/CEPEA: Indicador cai, mas dólar sustenta valores nos portos
As desvalorizações do milho no mercado interno e as altas dos preços nos portos estreitaram a diferença entre as cotações médias dessas regiões em outubro. Na parcial do mês (até o dia 26), os valores médios do cereal nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP) ficaram apenas 7,93 Reais/saca de 60 kg e 7,27 Reais/sc abaixo do Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas, SP), as menores diferenças registradas nesta segunda safra. Ressalta-se que, em julho, início da segunda temporada, a diferença entre os valores era de mais de 20 Reais/saca, com vantagem para o Indicador. Já na comparação com outubro de 2020, quando as exportações estavam aquecidas, o Indicador operava próximo de 2 Reais acima dos valores nos portos. No geral, segundo colaboradores do Cepea, consumidores seguiram afastados do spot nacional em outubro, sinalizando ter estoques, sobretudo para curto prazo. Já os vendedores estiveram mais flexíveis quanto aos preços pedidos, apesar de evitarem negociar grandes volumes. Nos portos, as cotações foram sustentadas pela apreciação do dólar frente ao Real e pelas altas dos preços externos.
Textos elaborados pela Equipe Cepea.
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