Análises CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP (Indicador cotação boi, suínos, frango, soja e milho). 4g332
Veja também: Confinamento de bovinos cresce 2% em 2021
INDICADOR COTAÇÃO BOI/CEPEA: Preço do boi gordo ultraa os R$ 350/@ em março e segue acima do da carne.
O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo, à vista) superou os R$ 350/arroba em março, atingindo, no dia 24, R$ 352,05/@, novo recorde nominal diário da série histórica do Cepea, iniciada em 1994. Segundo pesquisadores do Cepea, as exportações brasileiras de carne bovina bastante aquecidas neste ano, sobretudo à China, e a baixa oferta de animais para abate vêm sustentando os preços da arroba em patamares elevados. Dados da Secex mostram que, de janeiro a fevereiro, o Brasil embarcou 334,10 mil toneladas de carne bovina (in natura, industrializada, miúdos e outros produtos), um recorde para o período. Esse volume também ficou 33,8% acima do exportado no primeiro bimestre do ano ado e 25,49% acima do de janeiro a fevereiro de 2020, que, até então, sustentava o recorde. Nesse cenário, os preços do boi gordo (mercado paulista) continuam operando acima dos da carne (carcaça casada bovina) negociada no atacado da Grande São Paulo, de acordo com estudos do Cepea. No mercado doméstico da proteína, a reduzida disponibilidade de boi gordo até tem sustentado os valores, mas a procura brasileira pela carne, bastante fragilizada pelo contexto econômico, impede que a carcaça casada bovina volte a ser comercializada acima dos patamares observados para o animal para abate.
INDICADOR COTAÇÃO SUÍNOS/CEPEA: Conflito entre Rússia e Ucrânia preocupa agentes do setor suinícola no BR.
Cepea, 10/03/2022 – O setor suinícola brasileiro está apreensivo com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Isso porque os custos dos principais insumos consumidos na atividade, milho e farelo de soja, que já estão elevados, tendem a subir ainda mais. Os dois países estão entre os maiores produtores mundiais de trigo e ambos têm forte relevância na oferta de excedentes para transações externas. No atual contexto, os preços internacionais do trigo dispararam, influenciando também os valores de outros grãos, como milho e soja. Vale lembrar que muitos agentes do setor suinícola brasileiro relatam já trabalhar com margens negativas, e novos reajustes nos preços dos grãos devem intensificar os prejuízos. Já no caso das exportações brasileiras de carne suína à Rússia, o conflito não deve trazer grandes impactos. Atualmente, os envios nacionais ao país russo representam apenas 5,9% dos embarques totais. Vale ressaltar que a Rússia já teve um papel de destaque no setor suinícola nacional. Por 16 anos, o país foi o principal destino da carne suína brasileira, chegando a adquirir 77% das vendas nacionais em 2002 e se mantendo na liderança até 2017. No entanto, a partir de 2018, com a proibição da entrada do produto brasileiro no país por conta de barreiras não-tarifárias, os embarques à Rússia aram a não mais representar grande parte das exportações nacionais, mesmo após revogadas as proibições.
INDICADOR COTAÇÃO FRANGO/CEPEA: Preço da carne sobe, e competividade frente às substitutas diminui.
As cotações da carne de frango subiram de forma significativa em março (até o dia 28), o que reduziu a competitividade dessa proteína frente às principais concorrentes, as carnes bovina e suína, cujos valores também aumentaram durante o mês, mas de maneira menos intensa. No mercado da proteína avícola, a demanda externa aquecida tem reduzido a disponibilidade doméstica de muitos produtos, permitindo que vendedores elevem os preços pedidos como forma de garantir margens positivas, devido ao alto custo de produção. Quanto ao frango vivo, a necessidade de acompanhar os custos de produção elevados, por conta sobretudo dos preços do milho e do farelo de soja, fez com que agentes aproveitassem a boa liquidez da carne e consequentemente do vivo para elevar os preços do animal.
INDICADOR COTAÇÃO FARELO DE SOJA/CEPEA: Procura firme no BR e aumento da demanda externa elevam cotações.
Os preços do farelo de soja subiram no mercado brasileiro na média parcial de março (até o dia 28), impulsionados pela firme demanda doméstica e pelo expressivo aumento da procura externa. As valorizações também estiveram atreladas à menor oferta de soja na América do Sul e, consequentemente, à redução do volume disponível para esmagamento. De acordo com o relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 9 de março, 46,250 milhões de toneladas de soja devem ser destinadas ao esmagamento no Brasil nesta temporada (2021/22), a menor quantidade das últimas três safras. A Argentina, principal abastecedora global de derivados de soja, também deve produzir menos farelo nesta temporada. Além disso, no dia 13 de março, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina anunciou a interrupção das exportações de farelo e óleo de soja. Esse anúncio gerou especulações quanto a um possível aumento nas tarifas de exportação, o que, se acontecer, pode elevar as importações dos produtos norte-americanos e brasileiros – no primeiro bimestre deste ano, o Brasil enviou 3,073 milhões de toneladas de farelo de soja ao mercado externo, quantidade recorde para o período, de acordo com a Secex. Assim, em março, 20 das 32 regiões acompanhadas pelo Cepea registraram patamares recordes de preços, em termos nominais. Na média das regiões, a elevação foi de 4,5% entre as médias de fevereiro e da parcial de março (até o dia 28).
INDICADOR COTAÇÃO MILHO/CEPEA: Maior demanda impulsiona média em março; Indicador tem novo recorde nominal.
A preço médio mensal do milho subiu no Brasil em março, refletindo o aumento da demanda pelo cereal. Compradores domésticos elevaram a procura com o objetivo de recompor parte dos estoques, mas enfrentaram dificuldades nas aquisições devido à retração de vendedores e/ou aos elevados patamares de preços no spot. Esses demandantes ficaram ainda mais apreensivos com o cenário atual após a valorização dos combustíveis, que deve encarecer o frete e, consequentemente, os custos. Quanto à demanda internacional pelo milho brasileiro, se intensificou diante do conflito entre Rússia e Ucrânia, que estão entre os cinco maiores exportadores mundiais do cereal. Além disso, o governo argentino sinalizou que deve diminuir o volume exportado, visando preservar a oferta interna. Nesse contexto, os preços nos portos superaram as cotações no interior do Brasil na maior parte do mês. No acumulado da parcial de março (entre 25 de fevereiro e 28 de março), o milho negociado em Paranaguá se valorizou 8%. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou o mês (até o dia 28) com média de R$ 100,77/saca de 60 quilos, 4% acima da de fevereiro. Já no acumulado parcial do período, o Indicador recuou ligeiro 1,2% – pressionado pela redução da demanda no fim de março e pela flexibilidade de parte dos produtores quanto aos valores pedidos –, fechando a R$ 96,16/sc no dia 28. Vale ressaltar, porém, que no dia 14, o Indicador atingiu R$ 103,90/sc, renovando a máxima nominal da série histórica do Cepea.
Fonte: Cepea. Imagem principal: Depositphotos.
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