Cepea: Indicador cotação suínos, boi, frango, soja e milho
Análises CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Indicador cotação suínos, boi, frango, soja e milho.
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SUÍNOS/CEPEA: Preços sobem na 2ª quinzena, mas queda no início de setembro pressiona média mensal
O mercado doméstico de suínos iniciou o mês de setembro enfraquecido, com fortes quedas nos preços. Já na segunda quinzena, as demandas interna e externa por carne suína se aqueceram, elevando também as aquisições de lotes de animais para abate. Como resultado, os preços do vivo e da proteína aram a subir. No caso do animal comercializado no mercado independente, as valorizações foram verificadas em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Em São Paulo e no Sul, as altas foram mais intensas, devido à maior presença de grandes agroindústrias nessas regiões, que favorece a procura pelo vivo. No entanto, mesmo com as altas de preços na segunda metade do mês, a média mensal de setembro fechou abaixo da de outubro em todas as praças acompanhadas. No mercado da carcaça, o cenário foi o mesmo, enquanto no de cortes, os rees na segunda quinzena foram menores, visto que o fragilizado poder de compra da população e a menor competitividade frente às carnes substitutas limitaram reajustes positivos nas cotações desses produtos.
BOI/CEPEA: EEB limita vendas de animais, e Indicador recua em setembro
Notícias sobre dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), o “mal da vaca louca”, no início de setembro travaram as negociações envolvendo animais para abate, principalmente nas primeiras semanas do mês. Diante das incertezas geradas pelo anúncio e da consequente suspensão dos envios da carne bovina brasileira a alguns países, principalmente à China – o maior destino internacional da proteína –, agentes se afastaram das aquisições de lotes para abate, resultando em quedas de preços. Assim, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (mercado paulista) operou entre R$ 300 e R$ 310 em setembro, ficando abaixo dos R$ 300 em alguns períodos. No acumulado da parcial do mês (até o dia 27), o Indicador recuou 2,86%, fechando a R$ 304,45 no dia 27. Apesar de os envios de carne bovina à China estarem suspensos, as exportações brasileiras seguiram em ritmo intenso em setembro, o que, por sua vez, acabou limitando quedas mais intensas nos preços internos do boi gordo. Além disso, a oferta de animais continua baixa na maior parte das regiões pecuárias do Brasil
FRANGO/CEPEA: Competitividade da carne de frango frente à suína é a menor desde fev/19
Na primeira quinzena de setembro, a carne de frango negociada no atacado da Grande São Paulo se valorizou de maneira mais intensa que as principais substitutas, as proteínas bovina e suína, renovando, inclusive, recordes nominais em algumas das praças acompanhadas pelo Cepea. Diante disso, a competitividade da carne avícola frente a essas substitutas caiu pelo quarto mês consecutivo – na comparação com a carcaça suína, a competitividade do frango inteiro na parcial de setembro (até o dia 27) foi a menor desde fevereiro de 2019. Segundo colaboradores do Cepea, apesar dessa redução na competitividade, a proteína de frango seguiu apresentando boa liquidez no mercado doméstico, visto que ainda é a carne mais barata dentre as mais consumidas no País. Com demanda e produção ajustadas, o setor avícola de corte consegue rear os custos de produção à carne, garantindo sua margem.
FARELO DE SOJA/CEPEA: Prêmio no maior patamar desde 2014 limita desvalorização interna
O preço médio do farelo de soja permaneceu praticamente estável (-0,2%) entre agosto e a parcial de setembro (até o dia 27) na média das regiões acompanhadas pelo Cepea. Apesar da baixa demanda interna, a procura internacional pelo derivado brasileiro aumentou, principalmente por parte da China. Em setembro, o país asiático intensificou as importações do Brasil, devido aos danos na infraestrutura do principal canal de escoamento de grãos dos Estados Unidos (Costa do Golfo de Mississipi) – causados pela recente agem de furacão pela região e que acarretaram problemas logísticos – e ao baixo nível do rio Paraná, que vem prejudicando as exportações da Argentina. Além disso, notícias indicam que as principais indústrias de esmagamento de soja da China estão com algumas fábricas paradas, por conta de restrições ao consumo de energia no país, o que pode elevar a necessidade de importação de farelo de soja. Esse cenário impulsionou os prêmios de exportação do derivado no Brasil aos maiores patamares desde 2014 (em comparação com o mesmo período de anos anteriores).
MILHO/CEPEA: Retração compradora pressiona Indicador em setembro
Os preços do milho recuaram no mercado brasileiro em setembro. No acumulado parcial do mês (até o dia 27), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas, SP) caiu 3,8%, fechando a R$ 91,18/saca de 60 kg no dia 27. A pressão sobre as cotações veio, sobretudo, da retração de compradores – que têm expectativas de aumento da oferta, fundamentados no avanço da colheita da segunda safra –, mas também da redução das exportações do cereal e, mais recentemente, do andamento da semeadura da temporada de verão 2021/22. Durante o mês, muitos demandantes negociaram apenas lotes pontuais, enquanto vendedores estiveram mais flexíveis quanto aos valores pedidos, especialmente os que precisam “fazer caixa” para pagar dívidas de custeio. A desvalorização do milho só não foi mais intensa devido à confirmação de menor disponibilidade e estoques enxutos, ocasionados pelo clima desfavorável às lavouras do cereal.
Textos elaborados pela Equipe Cepea.
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