Tecnologia no campo: como o digital transforma o setor

A tecnologia está transformando cada aspecto da produção agrícola, oferecendo novas ferramentas para otimizar a gestão e aumentar a produtividade

Ao longo do desenvolvimento histórico, o avanço da técnica viabilizou transformações significativas na forma como a humanidade ou a fazer agricultura. Principalmente quando nos referimos à produção em larga escala, como no agronegócio. 

De fato, a revolução da tecnologia no campo trouxe maior produtividade, sustentabilidade e resiliência, respondendo aos desafios da segurança alimentar e das mudanças climáticas, consolidando a agricultura digital como reflexo dessa dinâmica. 

A agricultura digital, também conhecida como Agricultura 4.0, envolve o uso de diversas tecnologias para apoiar o produtor em suas atividades no campo. Isso abrange softwares e dispositivos que capturam e interpretam dados da lavoura. Possibilitando a automação de processos e oferecendo informações essenciais para decisões mais assertivas e eficientes na gestão do território.

Em síntese, o uso de drones, sensores, inteligência artificial (IA) e sistemas de informação geográfica (SIG) são apenas alguns dos exemplos de ferramentas que estão transformando a maneira como a agricultura é praticada no Brasil e no mundo. 

Implementação e usos no campo

Essa tecnologia permitem que os produtores construam uma gestão mais precisa de suas lavouras, otimizando o uso dos recursos naturais e sintéticos, como água e fertilizantes, com base em dados cada vez mais precisos. 

Afinal de contas, o conceito de “agricultura digital” transcende a simples implementação de objetos cada vez mais tecnológicos no campo. Trata-se da integração de ferramentas digitais ao cotidiano das propriedades rurais. Em que dados são coletados, processados e analisados em tempo real, possibilitando um controle mais rigoroso sobre o que ocorre no dia a dia. 

Sensores conectados ao solo e ao clima, por exemplo, permitem monitorar a umidade, a temperatura e o estado nutricional das plantas. Possibilitando a aplicação precisa de irrigação e fertilização, reduzindo desperdícios, por exemplo. 

Dentre as inovações em destaque, encontra-se o uso de drones voltados ao monitoramento aéreo das plantações. Equipados com câmeras de alta resolução e sensores multiespectrais, esses equipamentos possibilitam uma excelente visão da área de cultivo. Permitindo identificar se os cultivares estão com pragas ou algum tipo de doença. 

Esse movimento, por sua vez, permite que o agricultor consiga agir com antecedência, aplicando defensivos agrícolas apenas onde é necessário, reduzindo custos e impactos ao seu agrossistema. 

Outros usos da tecnologia

Outro destaque diz respeito à inteligência artificial. Essas ferramentas estão auxiliando na previsão de padrões climáticos, na detecção precoce de pragas e doenças e na otimização de plantio e colheita. Além disso, softwares avançados de gestão agrícola estão melhorando a eficiência das operações, como o controle de insumos, a previsão de safras e a comercialização dos produtos.

Todavia, é fundamental compreender que a adoção dessas tecnologias exige conhecimento especializado, e é aí que entra o papel elementar das instituições de ensino. Cursos de agronegócio, zootecnia, medicina veterinária e agronomia EAD têm incorporado essas inovações em seus currículos. Preparando uma nova geração de profissionais capacitados para operar as ferramentas mais modernas da atualidade. 

Em suma, essas formações, sejam em modalidades presenciais ou a distância, capacitam os estudantes a entenderem e aplicarem as tecnologias na agricultura, desde a coleta de dados até a sua interpretação. 

No fim, o impacto da agricultura digital vai muito além da modernização das práticas agrícolas. Em tese, representa uma ruptura de paradigma, no qual se mescla sustentabilidade, eficiência e inovação. É possível dizer, também, que a evolução tecnológica evidenciada na agricultura digital nesse início de século está apenas começando, e o Brasil tem um papel de destaque nesse novo cenário.

Fonte: Thaís Cal Imagem: iStock

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