Redução de carbono: tecnologias e práticas regenerativas
Ao adotar práticas regenerativas e investir em soluções sustentáveis, o setor não apenas mitiga suas emissões, mas também fortalece seu papel como um agente de preservação ambiental
No transcorrer do tempo, a agricultura desempenhou papel fundamental na história da sociedade. Já que foi responsável por garantir alimentos e promover o desenvolvimento econômico, moldando a própria forma de organização social. Desde a sedentarização até os avanços modernos, sua evolução impulsionou civilizações e viabilizou o comércio, e hoje mostra-se importantíssima para a economia global.
No entanto, o setor que envolve a agricultura e suas extensões enfrenta o desafio de equilibrar o aumento da produtividade com a necessidade de reduzir sua pegada de carbono.
Um estudo conduzido na Universidade Cornell e na Universidade de Princeton, publicado na revista PLOS Climate, sugere que, com o avanço das tecnologias agrícolas, seria possível alcançar uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa. Com potencial para gerar até 13 bilhões de toneladas de emissões líquidas negativas anualmente.
Contudo, a produção de alimentos atualmente representa uma parcela substancial das emissões globais de gases de efeito estufa, variando entre 21% e 37%. Nessa perspectiva, se medidas adequadas não forem tomadas, a agricultura pode ser responsável por até 50% a 80% das emissões totais até 2050. Considerando o crescimento populacional global, rumo a 10 bilhões de pessoas.
Ascensão de práticas de baixo carbono
Em tese, a partir da ascensão das práticas de baixo carbono, diversas tecnologias têm emergido como soluções eficazes para tornar a agricultura mais sustentável, de modo a enfrentar a crise projetada.
Desse modo, a adoção de técnicas como a agricultura regenerativa e métodos avançados de captura de carbono no solo não só diminui as emissões, mas também contribui para a regeneração do ecossistema enquanto totalidade. Considerando todas as variações escalares envolvidas.
Por exemplo, a agricultura de base regenerativa destaca-se como uma prática elementar no que diz respeito à redução de carbono. Esse modelo baseia-se no uso de cultivos de cobertura, rotação de culturas e sistemas de plantio direto, visando melhorar a saúde do solo e, por consequência, aumentar a sua capacidade de armazenar carbono.
Alguns estudos apontam que solos manejados com essas práticas podem capturar até duas toneladas de carbono por hectare ao ano. Por conseguinte, tecnologias com sensores de umidade e drones voltados ao mapeamento do território agrícola também auxiliam no monitoramento do sol. Garantindo a eficiência na aplicação dos insumos.
Outra inovação é o uso de biochar, um tipo de carvão vegetal produzido a partir de biomassa. Quando incorporado ao solo, o biochar atua como uma esponja de carbono, mantendo o elemento preso ao solo por décadas e, ao mesmo tempo, melhorando sua fertilidade.
Gestão logística como estratégia de redução das emissões de carbono
Em suma, sabe-se que o transporte é um dos grandes responsáveis pelas emissões de carbono no agronegócio. Especialmente no que diz respeito à movimentação de insumos, máquinas e produtos. Nesse contexto, a terceirização de frotas surge como uma solução sustentável e eficiente.
De certo modo, ao compartilhar os serviços logísticos entre produtores ou contratar empresas especializadas, o setor consegue otimizar o uso de veículos. Reduzindo o número de viagens e por consequência queima de combustível fóssil. Nesse sentido, um dos principais benefícios dessa prática encontra-se na modernização das frotas.
Geralmente, as empresas terceirizadas possuem veículos mais novos e menos poluentes, equipados com motores mais eficientes. E, em muitos casos, alimentados por combustíveis alternativos, como biometano ou biodiesel. Outro ponto positivo é a flexibilidade que a terceirização oferece aos produtores.
Em períodos de alta demanda, como a colheita, a contratação de serviços de transporte sob demanda evita a necessidade de aquisição de veículos próprios, reduzindo os custos fixos e o impacto ambiental. No fim, o cenário aponta para um caminho promissor, rumo à neutralidade de carbono no agronegócio, a partir dessas estratégias e outras.
Fonte: Thais Cal Imagem: iStock
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