Produção de biocombustíveis em regiões pobres
Reduzir a pobreza e aumentar a segurança alimentar e energética de países em desenvolvimento, além de reduzir as emissões de gás carbônico.
Esse é o objetivo de um programa que busca culturas alternativas para biocombustíveis, iniciado neste ano pelo World Agroforestry Centre, com o apoio do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (IFAD) e do Governo da Índia. O Brasil tem assento no comitê diretor do programa, representado pelo chefe-geral da Embrapa Agroenergia (Brasília/DF), Manoel Teixeira Souza Júnior.
O programa terá duração de quatro anos, com pesquisas focadas nas cadeias produtivas de culturas não-alimentares ou com múltiplos usos, especialmente as que podem ocupar áreas com menor disponibilidade de água ou impróprias para o plantio de alimentos.
Macaúba, pinhão-manso, sorgo sacarino, mandioca e beterraba são alguns dos objetos de estudo já identificados, assim como plantas pouco conhecidas no Brasil, a exemplo da pongamia e da simarouba. Os campos experimentais serão instalados em países latino-americanos, africanos e asiáticos.
No Brasil, o foco das ações será a região Nordeste. “A questão principal do programa é identificar culturas energéticas que contribuam para inclusão social de pequenos produtores em áreas pobres; por isso, queremos trabalhar com o Nordeste”, explica Souza.
Outro motivo que levou a Embrapa a escolher essa região é a necessidade de novas oleaginosas que possam ser produzidas no local para abastecer as usinas de biodiesel. A ideia é implantar campos de demonstração e experimentação com integração lavoura / floresta, em que sejam cultivadas, por exemplo, macaúba e pinhão-manso.
Essas duas espécies já são objetos das pesquisas lideradas pela Embrapa Agroenergia com o objetivo de identifica novas fontes de matérias-primas para biocombustíveis. A primeira é nativa do Brasil e só a produção de óleo da polpa pode chegar a quatro toneladas por hectares.
O pinhão-manso tem sua origem na América Central e México. É também grande produtor de óleo e se adapta a regiões de seca. “Com os campos que pretendemos instalar no Nordeste, vamos fortalecer os trabalhos que já temos e, principalmente, avançar em respostas para a agricultura familiar”, ressalta Souza.
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia conta que as ações, tanto no Brasil como no exterior, terão como foco a sustentabilidade em seus três pilares: ambiental, econômico e social.
O programa está atento às preocupações com o eventual impacto da produção de matérias-primas para biocombustíveis sobre a disponibilidade e custo dos alimentos, bem como sobre o uso da terra. Parte dos esforços estará concentrada em esclarecer quais são os riscos reais e estabelecer arranjos produtivos que promovam tanto segurança alimentar quanto energética, além de gerar renda para populações pobres.
Os organizadores lembram que energia também é fundamental para a agricultura, inclusive para a produção de alimentos. Combustíveis líquidos, por exemplo, são utilizados para movimentar máquinas agrícolas bem como para o transporte de pessoas e mercadorias. Energia também é necessária para cozinhar alimentos. O uso de combustíveis mais avançados obtidos a partir da biomassa pode reduzir o uso da lenha, bem como diminuir os gastos dos países com importação de diesel e outros combustíveis derivados do petróleo.
Fonte: Embrapa Agroenergia.
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