Consumo de colostro é regulamentado no Brasil
Após 65 anos, o consumo de colostro é aprovado no Brasil.
Após 65 anos, o consumo de colostro é aprovado no Brasil. A do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Rispoa) aconteceu no último dia 29 de março, pelo presidente da República, Michel Temer. O documento retira a proibição da utilização do colostro na alimentação, definido em 29 de março de 1952, pelo então governo de Getúlio Vargas. O colostro é o leite produzido pela vaca nos cinco primeiros dias após parir. É um alimento rico em proteínas, anticorpos e substâncias bioativas e é mais concentrado e mais amarelo do que o leite.
No Rio Grande do Sul, a médica veterinária e extensionista regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Mara Helena Saalfeld, desenvolveu a silagem de colostro em 1998, com o objetivo de aproveitar esse alimento, por apresentar inúmeras propriedades nutricionais. Seu estudo começou com experimentos, utilizando o colostro em substituição ao leite na alimentação das terneiras. Ao testar amostras e realizar experimentos, Mara observava o crescimento dos terneiros e fazia um comparativo do uso do colostro ao uso de leite na alimentação dos animais, observando desenvolvimento similar ou até superior.
Em 2002, Mara buscou fazer um doutorado em Zootecnia e, apesar de ter conseguido a vaga, não foi aceita no programa, pois não consideraram o assunto interessante. Mara continuou com as pesquisas e manteve as observações, ministrando cursos no Centro de Treinamento da Emater/RS-Ascar de Canguçu (Cetac) e junto aos agricultores assistidos da Instituição.
No ano de 2007, a extensionista venceu o Prêmio Nacional de Tecnologia Social, da Fundação Banco do Brasil, Unesco e Petrobras, que lhe possibilitou fazer doutorado. Acreditando ser uma tecnologia de alimentos, Mara se inscreveu em 2008 no Doutorado em Tecnologia de Alimento da Universidade Federal de Pelotas. Não sendo aceita para ingressar no curso, Mara se inscreveu no programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da mesma universidade e, ao conseguir, estudou mais a fundo a utilização da Silagem de Colostro. Através desta pesquisa constatou que vários países do mundo utilizam o colostro como alimento, indicado como suplemento alimentar, medicamentos e produtos anti-idade e para a pele. De 2009 a 2013, já no doutorado, Mara contou com a orientação dos também doutores Fabio Pereira Leivas Leite, Daniela Isabel Brayer Pereira e de Márcia Arocha Gularte.
Até o ano de 2015, Mara buscou alterar a lei que proibia o uso de colostro para seres humanos no Brasil, via Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Anvisa, mas não obteve resultados. No mesmo ano, durante o Congresso Internacional de Leite, em Porto Alegre, o agora deputado estadual Ronaldo Santini, após conhecer a proposta, abraçou a causa da doutora e colocou-a em contato com o deputado federal Alceu Moreira que concedeu duas audiências públicas em Brasília, realizadas em novembro de 2015 e em agosto de 2016, quando Mara e o presidente da Emater/RS, Clair Kuhn, defenderam a proposta para autoridades, políticos, Anvisa e ministérios da Agricultura e de Desenvolvimento Social e Agrário.
Em agosto de 2015, o Mapa solicitou à extensionista uma Proposta Técnica e sugestão do texto para mudança da legislação e, com o apoio do presidente Kuhn, Mara elaborou o estudo enviado também à Anvisa, em 29 de novembro ado (2016).
?Assim, o que começou com a observação do uso de colostro em terneiros, tornou-se a conquista de possibilidades, incluindo a geração de renda ao produtor de leite, além de mais empregos, tributos e o aproveitamento integral de um nobre e saudável alimento?, avalia Mara.
Fonte: Emater – RS.
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