Setor sofre com El Niño e custo da produção
Responsável por 70% da produção nacional de arroz, os produtores gaúchos sofreram na safra 2015/2016 com o El Niño e consequente excesso de chuvas. No entanto, foi o aumento elevado no custo de produção que mais prejudicou o setor, pois a plantação do cereal requer constante desenvolvimento de tecnologia de ponta e energia elétrica para bombeamento, secagem e armazenagem. Os gastos com energia elétrica praticamente dobraram em um ano, saltando de 4% para 8%. “O produtor a por um momento de dificuldade, pois além do alto valor da energia elétrica, existe um desgaste logístico que faz com que o arroz perca competitividade. Além disso, existe a competição com a soja na exportação”, explica Tiago Sarmento Barata, diretor comercial e industrial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
A expectativa é que o Estado colha nesta safra (2015/2016) 7,8 milhões de toneladas, uma queda de 9,98% em relação à anterior (2014/2015). Muitos produtores colheram apenas 6 mil quilos por hectare, considerado um retrocesso, já que são números alcançados há 10 anos, segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Fedearroz). Do montante colhido no Estado, cerca de 800 mil toneladas são consumidas pelo mercado gaúcho e 1,2 mil toneladas são exportadas para África (25%), América Central (30%) e América do Sul e Venezuela (25%). “O cenário é favorável às exportações. Vendemos para fora do País 1,3 mil toneladas, valor superior que em 2014”, ressalta Barata.
Henrique Dornelles, presidente da Fedearroz, foi a Brasília solicitar ajuda ao governo federal e às instituições financeiras. A alternativa, segundo a entidade, é a disponibilização de recursos para a garantia de comercialização do produto, além das renegociações para alongar do ivo com os bancos. “O momento não é propício. O produtor está descapitalizado, enfrenta alta dos juros e os bancos estão restringindo o crédito com medo da inadimplência”, observa.
Segundo Dornelles, se o produtor não receber apoio o Brasil corre um sério risco de sofrer desabastecimento em 2017. “Se isso ocorrer, o consumidor vai pagar mais caro por um grão de qualidade inferior. A maioria dos países produtores opta por vender para outros mercados, pois o Brasil paga pouco pelo produto”, afirma o dirigente. Ele explica que este ano não há perigo de faltar arroz porque se pode contar com o Mercosul, embora produtores de Uruguai, Paraguai e Argentina também estejam enfrentando problemas com o clima.
Fonte: Jornal do Comércio.
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