TRANSIÇÃO SECA – ÁGUAS: Fábio Henrique Kamada
A seca atípica enfrentada nos últimos meses fez com que os produtores esperassem pelo retorno das chuvas, visando o restabelecimento do nível de água de rios, lagos e açudes, além da retomada da produção da principal fonte de alimento para os animais, o capim, que na época das chuvas pode atingir até 80% de sua produção anual.O período de transição seca-águas compreende o intervalo entre o fim da estação seca e o início das primeiras chuvas. Este período deve durar o menor tempo possível, visando não comprometer o desempenho animal. O tempo de duração dessa transição irá depender do volume e intensidade da chuva, temperatura, luminosidade, fertilidade do solo, do tipo da espécie forrageira e da condição que esse capim vem da época seca.
Diferentemente do capim seco e fibroso que os animais consumiam na época da seca, as brotações que surgem após as primeiras chuvas, com mais facilidade em áreas com massa de forragem mais baixa, apresentam-se de forma mais tenra e menos fibrosa, com alta digestibilidade e consequentemente, maior taxa de agem pelo trato digestivo. Nessa época, é comum o aparecimento de animais com diarreia, afetando negativamente seu desempenho.
As primeiras chuvas em áreas que terminaram a época da seca com uma massa de forragem mais alta causam a queda das folhas secas e mortas da planta, levando ao acúmulo de material morto no solo e à presença de touceiras com talos mais altos. Tal cenário irá retardar o início da brotação da pastagem e causará a imobilização de nutrientes do solo pelas bactérias, que irão decompor a matéria morta acumulada. O material acumulado também pode favorecer o desenvolvimento de pragas (por exemplo, cigarrinhas) e fungos, que podem levar à morte da pastagem. Para amenizar os efeitos negativos da transição seca-águas no desempenho dos animais, o produtor deve estar com o manejo das pastagens bem ajustado, juntamente com um programa de suplementação adequado ao sistema. O ajuste combinado entre manejo e suplementação irá otimizar o desempenho vegetal e animal, ajudando o produtor a reduzir seus custos de produção.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A FASE DETRANSIÇÃO
• Definir metas de produção para as categorias presentes na fazenda.
• Manejo de pasto e programa de suplementação alinhados para otimizar o desempenho vegetal e animal.
• Uso de aditivos nos suplementos, que irão controlar a diarreia causada pelo consumo dos brotos e garantir o melhor aproveitamento dos nutrientesoferecidos pelo capim. “Sequestro” dos animais, quando possível – disponibilidade de estrutura; oferecendo dieta balanceada no cocho (normalmente, animais de recria tratados com dieta mais volumosa e proteica). O ideal é tratá-los até que a pastagem esteja em condições ideais para recebê-los de volta.
• Em pastagens com maior massa de capim seco e talos durante a época da transição, é indicado o aumento da taxa de lotação, ou até mesmo o uso de roçadeiras para rebaixar o volume de capim e favorecer o início da rebrota.
• Na época de transição, é comum a queda no consumo de suplementos. Isso pode acontecer devido ao fato de os animais aumentarem o tempo de pastejo à procura dos brotos de capim e, reduzirem o tempo de consumo de suplemento no cocho.
• Atentar-se ao uso de suplementos com ureia após o início das chuvas. Sempre verificar se não há água acumulada nos cochos com esse suplemento.
• Uma opção de suplementação para a época de transição é misturar o suplemento usado na seca com o que será usado nas águas, como por exemplo, o proteico de seca misturado com o de águas ou, o sal ureado misturado com o sal mineral. Para evitar a diarreia, também pode ser fornecido aos animais uma mistura de milho moído com sal mineral.
• Diante de quaisquer dúvidas e/ou no caso de sugestão, deve-se consultar o técnico da área.
O autor: Fábio Henrique Kamada é Assistente Técnico Comercial da empresa União Suplementação Animal e possui formação em Zootecnia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (UNESP), câmpus de Jaboticabal.
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