Guerra no Mato Grosso do Sul
Por Tiago Alves Corrêa Carvalho da Silva
Bom, a história começa com a alteração do processo de demarcação de terras indígenas, este que anteriormente estaria somente a cargo da FUNAI aliado a ONGs indigenistas que são responsáveis pelos laudos antropológicos como o CIMI e CTI (1 e 2). Abre-se aqui um adendo sobre a idoneidade desses laudos que são realizados por antropólogos ligados as referidas ONGs citadas anteriormente (3).
Após a decisão do dia 28 deste mês (4) os órgãos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também am a ser responsáveis pelo processo de demarcação de terras indígenas.
Essa medida tem como base evitar “erros” no processo e aumentar a confiabilidade no processo de demarcações de terras. Ocorre que, assim como no caso da propriedade da minha família, Fazenda Esperança, bem como a propriedade de Sidrolândia (Fazenda Buriti) e diversas outras do estado, as aldeias indígenas vizinhas encontram-se demarcadas e homologadas pela FUNAI. Neste caso os indígenas reivindicam o aumento da área da aldeia sob a justificativa que a área atual não ser suficiente para o seu sustento. Apesar de todos receberem auxílios do governo (bolsa escola, bolsa família etc…) e a maior parte da reserva encontrar-se ainda inexplorada.
Em 2009 com o processo da Raposa Serra do Sol o STF determinou 19 ressalvas condicionantes que regulam o processo demarcatório de terras indígenas entre estas uma que determina que aldeias demarcadas e homologadas não poderiam sofrer ampliação (5) (vide atual situação da reserva 6). Ou seja se essas ressalvas forem utilizadas, o que deveria acontecer, acaba-se com a farra de reivindicação de terras pela FUNAI.
Esses títulos de COMPRA da propriedade são de mais de 100 anos, no caso da Fazenda Esperança 140 anos. Sendo que a aldeia vizinha a nossa propriedade, foi demarcada pela primeira vez por Major Candido Mariano da Silva Rondon em 1905. Posteriormente em 1914, 1984 e 1989 a área foi averiguada e constatada corroborando com a primeira medição realizada por Rondon, salvo pequenas diferenças provavelmente devido ao método utilizado.
O grupo indígena denominado como Terena é oriundo do chaco paraguaio e segundo os registros históricos se deslocou para o Brasil após ser expulso pelos espanhóis de seu território. Esses movimentos migratórios para o Brasil começaram meados do sec. XIX e se intensificaram por ocasião da Guerra do Paraguai, porém já era comprovado à ocupação luso-brasileira de pelo menos um século antes, ou seja, o primeiro movimento de ocupação do território não foi por essas populações indígenas o estado brasileiro os acolheu posteriormente.
Esse conflito encontra-se mais grave nas fazendas em Sidrolândia onde um índio foi morto pela polícia quando cumpriam a reintegração de posse da área e outro baleado por uma camionete não identificada quando ele e mais nove indígenas iriam apenas “olhar a propriedade vizinha”. Diversas fazendas tiveram a sede, curral e pastos queimados além da morte de animais. Nesses locais os produtores e funcionários foram obrigados a deixar as propriedades sem poder retirar os animais das áreas. Em um ato de desespero fazendas vizinhas estão embarcando seus animais para tentar salvar o que lhes resta. Em Aquidauana o clima até então esta mais pacifico, temos um acordo que os funcionários entram 3 vezes por semana para manejar os animais porém não podemos entrar na fazenda.
Diante deste caos completo outros movimentos como o MST, Movimento Camponês, Quilombolas e outras tribos em todo o Brasil aderiram aos protestos e invasões de terras (7). Os principais estão ocorrendo nos estados de SP, PR, RS, MT, MS e PA e tendem a aumentar se o governo não tomar nenhuma providencia.
Os sindicatos rurais do MS em parceria com outros estados veem dialogando para buscar ações de manifestações com o objetivo de expor esses problemas para o resto da população brasileira e pressionar o Governo Federal para que alguma atitude seja tomada. Porém até agora pouco foi feito e a impressão que fica é que essa instabilidade no campo é de interesse de alguns. Quem?? Difícil dizer, são muitas as teorias para explicar o problema, mas nenhuma ainda bem fundamentada.
O que se conhece até então são as ligações entre a FUNAI e ONGs indigenistas como o CTI (Centro de Trabalho Indigenistas) e CIMI (Conselho Indigenista Missionário). Grande parte dos laudos antropológicos são gerados por “pesquisadores” do CTI, esta que é patrocinada por organizações externas (8). Afirma-se também a incitação de invasões por bispos participantes do CIMI inclusive existem fotos e documentos que comprovam estas afirmações (9).
Fonte: Tiago Alves Corrêa Carvalho da Silva – Engenheiro agrônomo – ESALQ/USP
Quer ficar por dentro do
agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor
em primeira mão?
Para isso é só entrar em nosso canal do WhatsApp (
clique aqui
), e no grupo do WhatsApp (
clique aqui
)
ou Telegram Portal Agron (
clique aqui
),
e no nosso Twitter (
clique aqui
)
.
Você também pode nosso feed pelo Google Notícias (
clique aqui
)
- Se o artigo ou imagem foi publicado com base no conteúdo de outro site, e se houver algum problema em relação ao conteúdo ou imagem, direitos autorais por exemplo, por favor, deixe um comentário abaixo do artigo. Tentaremos resolver o mais rápido possível para proteger os direitos do autor. Muito obrigado!
- Queremos apenas que os leitores em informações de forma mais rápida e fácil com outros conteúdos multilíngues, em vez de informações disponíveis apenas em um determinado idioma.
- Sempre respeitamos os direitos autorais do conteúdo do autor e sempre incluímos o link original do artigo fonte. Caso o autor discorde, basta deixar o relato abaixo do artigo, o artigo e a imagem será editado ou apagado a pedido do autor. Muito obrigado! Atenciosamente!
- If the article or image was published based on content from another site, and if there are any issues regarding the content or image, the copyright for example, please leave a comment below the article. We will try to resolve it as soon as possible to protect the copyright. Thank you very much!
- We just want readers to access information more quickly and easily with other multilingual content, instead of information only available in a certain language.
- We always respect the copyright of the content and image of the author and always include the original link of the source article. If the author disagrees, just leave the report below the article, the article and the image will be edited or deleted at the request of the author. Thanks very much! Best regards!