Border Collie é trabalhador incansável do rebanho
Com necessidade de executar tarefas, a raça promove economia e praticidade nas funções diárias de pastoreio.
Rápido, dócil e inteligente, o cão da raça border collie abranda o trabalho de pecuaristas por conta de sua aptidão e habilidade em currais. Além de ser extremamente disciplinado e submisso, o animal é ágil, resistente e eficiente na lida com rebanhos de ovinos, gado e qualquer animal que se agrupe.
No Brasil, a raça começou a ser importada por fazendeiros do Rio Grande do Sul e de São Paulo na década de 90. A utilização da border collie proporciona condições favoráveis como a diminuição de custos e de funcionários nas tarefas de pastoreio. A presteza faz com que a raça desempenhe tranquilamente o trabalho de até três peões, com facilidade e profissionalismo na lida com o rebanho. O cão trabalha até dentro d’água, se necessário. Segundo Jorge Eduardo, proprietário do Canil Pastoreio da Esperança, em Guaíba (RS), a contribuição financeira da border collie é significativa para o Brasil, onde a quantidade de rebanhos é muito grande.
Aos três meses de idade começa o contato dos filhotes com os rebanhos
O cão trabalha sem estressar os agrupamentos porque, além de dificilmente mordiscar (só quando necessário), pastoreia em silêncio. Com a cauda sempre em formato da letra “J”, a guarda baixa e olhar fixo, ele conduz com excelência outros animais, mesmo que sejam maiores do que ele. Os cães buscam os rebanhos em longas distâncias, sem que seja necessário nenhum comando. “Quanto mais a técnica for absorvida pelos homens do campo e introduzidos os trabalhos do cão de pastoreio no Brasil, nossos rebanhos irão aumentar e se tornarão animais mais dóceis e tranquilos”, afirma Thorbes Moreira, treinador de cães para pastoreio desde 2005 e proprietário do Canil Sol do Sul, em Porto Alegre (RS).
O treinamento é necessário para que se utilize 100% da capacidade do animal. Um cão não treinado utiliza apenas 30% de sua aptidão. Uma genealogia com anteados de pastores e filhotes com genética de qualidade também é importante. Isso porque, com a popularidade da raça, a genética vem sendo deteriorada em muitos canis brasileiros que produzem ninhadas para obter lucros com as vendas dos filhotes, sem valorizar os cuidados necessários com o plantel. Por isso, muitos criadores que preservam o instinto de trabalho rural da border collie estão preocupados com o rumo da raça no Brasil.
Em um treinamento para a obediência apenas, a gratificação pelo comportamento é a recompensa. Já no pastoreio, o prêmio é a permissão para arrebanhar. A fidelidade da raça é tão sólida que os cachorros trabalham para agradar ao dono, e não por obrigação. “Vários atributos foram considerados na seleção desses cães, entre eles, considero importante a sensibilidade, a paixão e a submissão pelo seu dono. Tudo isso faz com que sejam, também, excelentes cães de companhia”, diz Jorge Eduardo.
Os animais tomam contato com o rebanho a partir dos três meses de idade. Mas somente aos 12 meses o treinamento se inicia. Um filhote com pedigree custa de R$ 1 a 2 mil reais. Em média, um profissional cobra de R$ 300 a 500 reais por mês para o treinamento de aproximadamente seis meses, mas que pode ser prolongado.
Se o fazendeiro optar por um cão já treinado e pronto para o trabalho, o animal pode custar de R$ 3 a 5 mil reais. Já em um cachorro com treinamento “top” (com vários comandos e precisos em seus movimentos), o agropecuarista vai desembolsar entre R$ 7 e 12 mil reais. O nível de treinamento é avaliado e reconhecido em campeonatos de pastoreio realizados durante todo ano no país. “É necessário que o comprador também tenha conhecimento dos comandos para conduzi-los adequadamente dentro do curral”, alerta Thorbes.
por Silene Silva I fotos: Marcelo Curia I arte: Filipe Borin – (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
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